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O clima está esquentando ou esfriando?

  • Foto do escritor: Rhama Analysis
    Rhama Analysis
  • 8 de ago. de 2009
  • 2 min de leitura

O clima de uma região é caracterizado pela variabilidade espacial e temporal. A variabilidade temporal do clima é um dos principais fatores para a sustentabilidade humana e ambiental. As pessoas e o ambiente tendem a se adaptar à variabilidade sazonal, que é a mudança do clima dentro do ano. Esta variabilidade mostra que, por exemplo, num clima quente as chuvas ocorrem no verão, num clima tropical o período mais seco ocorre no inverno e num clima temperado as chuvas ocorrem no inverno e as secas no verão. Na maioria das regiões do Brasil, o período chuvoso vai de outubro a abril, e o seco ocorre no restante do ano. Existem regiões, no entanto, como o Rio Grande do Sul, onde o clima tende a ser temperado, e Santa Catarina, que não mostra sazonalidade definida devido à transição climática.

A variabilidade interdecadal é pouco conhecida e tem uma influência muito grande na sustentabilidade de uma região específica do planeta. Os modelos climáticos utilizados para prever as mudanças climáticas não conseguem reproduzir esta variabilidade. Existem vários indicadores do Pacífico e do Atlântico que procuram caracterizar o comportamento da variabilidade climática, como o PDO (Pacific Decadal Oscillation) e o NAO (North Atlantic Oscillation), que determinam a situação da temperatura média do oceano em determinadas áreas. A série do PDO tem mostrado ciclos de 30 anos de períodos frios e quentes, que se correlacionam com as vazões do Sul e Sudeste do Brasil.

Num artigo recente, o prof. Easterbrook apresentou um artigo onde questiona os resultados de aquecimento pela emissão de gases e mudanças climáticas, e mostra que na realidade o aquecimento dos trinta anos, de 1976 a 2005 (com um desvio de aproximadamente 3 anos), é uma fase quente do PDO e que a tendência futura é de esfriamento do Pacífico e não de aquecimento. Prevê que estamos entrando na fase fria, que ocorrerá até cerca de 2030, passando depois para a fase quente novamente (veja as previsões na figura abaixo). O autor menciona que os dados da NASA já mostram este esfriamento.

Este parece um forte questionamento aos resultados do IPCC quanto às mudanças climáticas, não significa que as mesmas não estão ocorrendo, mas que seus efeitos podem ser menores que esta variabilidade natural. Como os modelos climáticos não captam estes efeitos, a dúvida existe e dependerá de mais pesquisas sobre o assunto para que tenhamos melhor entendimento deste complexo processo. Dificilmente a natureza se repete como as projeções da figura abaixo, mas pode ser uma especulação de tendência. Como podem ver o título desta matéria ainda não tem uma resposta definitiva, mas muita especulação.

Figura. Projeção da temperatura global para o próximo século baseado no ciclo de aquecimento e esfriamento dos últimos séculos.

  • Projeção A = baseado que a próxima fase fria será similar ao período de fase fria de 1945-1977.

  • Projeção B = baseada na ideia de que a próxima fase fria será similar à fase fria de 1880 a 1915. O ciclo quente de 2030 a 2060 é baseado na projeção do período quente de 1977 a 1998 e a fase fria de 2050 a 2090 é baseada novamente na fase fria de 1945 a 1977. Easterbrook (2008).

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