
Boas-vindas ao Aprenda
Este é um espaço dedicado ao conhecimento, à troca de ideias e à reflexão sobre os desafios do meio ambiente. Aqui estão reunidos artigos e conteúdos técnicos produzidos pelo Prof. PhD Carlos Tucci, pela equipe da Rhama Analysis e por especialistas convidados, conectando ciência, prática e experiência para apoiar soluções sustentáveis e inovadoras.
Glossário
Adutora
Canalização ou tubulação de grande porte destinada a transportar água de um manancial ou reservatório até sistemas de tratamento ou distribuição.Afluente
Curso d’água que flui para outro curso com maior área de drenagem a montante ou para um lago ou reservatório.
Fonte: ANA, 2015; UNESCO, 1983.
Agregado
Termo para a pedra ou brita necessários ao preenchimento de estruturas de infiltração como trincheiras e pavimentos porosos.
Água doce
Água com salinidade igual ou inferior a 0,5%o.
Fonte: CONAMA, 2005.
Água potável
Água apropriada para o consumo humano.
Água salina
Água com salinidade igual ou superior a 30%o.
Fonte: CONAMA, 2005.
Água salobra
Água com salinidade superior a 0,5%o e inferior a 30%o.
Fonte: CONAMA, 2005.
Água subterrânea
Água que ocupa a zona saturada do subsolo.
Fonte: UNESCO, 1992.
Água superficial
Toda a água que escoa ou que é armazenada na superfície terrestre
Fonte: UNESCO, 1992.
Ajuste de modelo
O mesmo que “Calibração de modelo”. Ajuste dos parâmetros de um modelo, seja por considerações físicas, seja por otimização matemática, para se obter a melhor concordância possível entre os dados observados e os resultados da simulação.
Fonte: UNESCO, 1983.
Amortecimento de cheias
Redução das vazões de pico de enchentes por meio de reservatórios, bacias de detenção ou outras estruturas hidráulicas.
Análise de frequência
Estudo estatístico de séries históricas de variáveis hidrológicas (e.g., chuvas, vazões) para estimar a probabilidade de ocorrência de eventos extremos.
Ano hidrológico
Período de 12 meses começando no início da estação de chuvas, até o fim da estação seca seguinte.
Fonte: ANA, 2015.
Alagamento
Evento caracterizado pelo acúmulo de água decorrente da ausência ou precariedade da drenagem.
Anemômetro
Instrumento meteorológico usado para medir a direção, o sentido e a velocidade do vento.
Fonte: ANA, 2015.
Aproveitamento hidroelétrico
Aproveitamento de um curso d’água para produção de energia elétrica, podendo ser feito com ou sem acumulação de água. No primeiro caso, executa-se o represamento com capacidade para acumular, durante a época de chuvas, um volume de água suficiente para que seja atravessado o período de seca. No segundo caso, não existe a interrupção do escoamento natural do curso d’água, que passa pelas turbinas e vertedouro, denominando-se aproveitamento hidroelétrico a fio d’água.
Fonte: ANA, 2015.
Aproveitamento múltiplo da água
Uso integrado da água para diversos fins (abastecimento, irrigação, energia, navegação, recreação, etc.), buscando compatibilizar interesses e garantir a sustentabilidade.
Aquífero
formação geológica (ou um grupo de formações) que contém água e permite que a mesma se movimente em
condições naturais e em quantidades significativas.
Fonte: TUCCI, 2009.
Assoreamento
Processo de deposição de sedimentos nos leitos de arroios, rios, em reservatórios e no interior dos condutos, que conduz à elevação do leite e diminuição da área de escoamento.
Fonte: UNESCO, 1983.
Autodepuração
Processo natural envolvendo fenômenos físicos, químicos e biológicos que promovem a restauração de um corpo d’água às condições existentes antes da ocorrência de alguma atividade antrópica que promova a alteração de sua qualidade.
Fonte: ANA, 2015.
Água disponível no solo
Água no solo disponível para as plantas. Obtida frequentemente pela diferença entre a capacidade de campo e o ponto de murcha permanente. Neste contexto, a água disponível no solo é igual à capacidade útil de armazenamento.
Fonte: UNESCO, 1983.
Área impermeável
Superfícies impermeáveis tais como pavimentos ou telhados, que evitam a infiltração da água no solo.
Bacia hidrográfica
Espaço geográfico delimitado pelo respectivo divisor de águas cujo escoamento superficial converge para seu interior sendo captado pela rede de drenagem que lhe concerne.
Fonte: ANA, 2015.
Balanço hídrico
Balanço da água baseado no princípio de que durante um certo intervalo de tempo as afluências totais a uma bacia ou formação aquática deve ser igual ao total das saídas mais a variação, positiva ou negativa, do volume de água armazenado nessa bacia ou massa de água.
Fonte: UNESCO, 1983.
Banco de dados hidrológicos
Conjunto organizado de informações de chuva, vazão, qualidade da água e outros parâmetros relacionados ao ciclo hidrológico.
Barragem
Estrutura construída transversalmente a um curso d’água para acumulação, derivação ou regularização de vazões.
Calibração de modelo
Mesmo que “Ajuste de modelo”. Ajuste dos parâmetros de um modelo, seja por considerações físicas, seja por otimização matemática, para se obter a melhor concordância possível entre os dados observados e os resultados da simulação.
Fonte: UNESCO, 1983.
Calha medidora
Instrumento de medição e controle de vazão em lâmina livre, consistindo de calha revestida de material impermeável e seção normalmente retangular. Uma variante mais elaborada é a Calha Parshall que possui dimensões padronizadas.
Fonte: ANA, 2015.
Canal
Curso artificial que conduz água para os locais de consumo ou aumentam a capacidade de escoamento dos
cursos naturais, durante as enchentes. Podem ainda remover o excesso de água em terrenos pantanosos ou
excessivamente úmidos.
Fonte: PFAFSTETTER, 1976.
Canalização
Redes de esgoto compostas por canos, galerias fechadas ou abertas ou simplesmente valos a céu aberto.
Captação
Estrutura construída junto a um corpo d’água, que permite o desvio, controlado ou não, de um certo volume, com a finalidade de atender a um ou mais usos da água.
Fonte: IGAM, 2008.
Carga poluidora
Quantidade de determinado poluente transportado ou lançado em um corpo de água receptor, produto da concentração de um parâmetro de qualidade da água pela vazão.
Carga difusa
Poluição que atinge corpos hídricos a partir do escoamento superficial e infiltração, sem um ponto de lançamento definido.
Casa de Bombas
Edificações onde são instalados equipamentos elétricos e mecânicos destinados a elevar o nível das águas ou então pressioná-las num determinado sentido.
Chuva de projeto
Altura e distribuição da precipitação, sobre uma determinada bacia de drenagem, utilizada na determinação da cheia de projeto. Um evento de chuva de duração e período de retorno específicos que é utilizado para calcular o volume escoado e a vazão máxima com fins de projeto.
Chuva efetiva
Parte da precipitação líquida que efetivamente gera escoamento superficial.
Fonte: ANA, 2015.
Ciclo hidrológico
Fenômeno global de circulação fechada da água entre a superfície terrestre e a atmosfera, impulsionado fundamentalmente pela energia solar associada à gravidade e à rotação terrestre.
Fonte: ANA, 2015.
Coeficiente de escoamento superficial
Grandeza que representa a razão entre o volume de água escoado superficialmente e o volume de água precipitado.
Fonte: VILLELA, 1975.
Comporta
Elemento do tipo porta ou tapume que impede a passagem das águas.
Conduto forçado
Canalização onde o líquido escoa sob uma pressão diferente da atmosférica. As seções deste conduto são sempre fechadas e o líquido escoa preenchendo-as totalmente.
FONTE: ANA, 2015.
Consumo de água per capita
Volume de água utilizado, em média, por habitante em um determinado período.
Confluência
Local de junção entre trechos de drenagem.
Fonte: ANA, 2015.
Curva de permanência
Curva que relaciona uma dada vazão com a frequência com que esta é igualada ou superada ao longo do tempo.
Fonte: ANA, 2015.
Curva de remanso
Perfil longitudinal da superfície da água num curso d’água quando ela se eleva acima do seu nível normal pela presença de uma obstrução artificial ou natural.
Fonte: DNAEE, 1976.
Curva-chave
Relação entre as cotas e as vazões numa estação hidrométrica.
Fonte: ANA, 2015.
Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO)
Quantidade de oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica por decomposição microbiana aeróbia, normalmente considerada como a quantidade de oxigênio consumida durante um determinado período de tempo, numa temperatura de incubação específica.
Fonte: ANA, 2015.
Demanda Química de Oxigênio (DQO)
Medida da capacidade de consumo de oxigênio por oxidação química da matéria orgânica presente na água ou água residuária.
Fonte: IGAM, 2008.
Derivação de águas
Desvio parcial de água de um curso natural para uso específico (irrigação, abastecimento, indústria, etc.).
Desastres
Produto da interação entre fenômeno natural e a comunidade em uma determinada área e tempo, causando rupturas no bem-estar social e exigindo assistência externa (i.e., outros municípios, órgãos estaduais/federais ou mundiais). Os danos são de origem econômica, social, ambiental ou cultural. O tempo da ação do fenômeno natural/tecnológico podem ser medidos em segundos, horas ou até anos, e isso é suficiente para a sociedade organizada interromper abruptamente suas operações.
Fonte: MONTE, 2022.
Descarregador de fundo
Elemento hidráulico para esvaziamento de represas ou para manutenção da vazão ecológica a jusante da barragem. É também utilizado para reservatórios de amortecimento.
Fonte: ANA, 2015.
Desenvolvimento sustentável
É o desenvolvimento econômico e social que conserve e preserve os ecossistemas ao longo do tempo.
Disponibilidade hídrica
Quantidade de água disponível em um ponto ao longo do tempo definida a partir das características hidrológicas.
Divisor de águas
Limite topográfico formado pela linha contínua de todos os pontos de maior altitude local, que separa bacias hidrográficas adjacentes e delimita subdivisões de bacias maiores em bacias menores (sub-bacias).
Fonte: ANA, 2015.
Dique
Obra para conter as águas de um trecho de drenagem numa determinada seção.
Fonte: ANA, 2015.
Drenagem
Retirada de água, por bombeamento ou gravidade, de uma determinada área.
Fonte: UNESCO, 1983.
Ecossistema
Unidade que, abrangendo o conjunto de seres vivos e todos os elementos que compõem determinado meio ambiente, é considerada um sistema funcional de relações interdependentes no qual ocorre uma constante reciclagem de matéria e um constante fluxo de energia.
Fonte: MMA, s.d.
Efluente
Descarga de poluentes no meio ambiente, parcial ou completamente tratada ou em seu estado natural. Pode ser líquido ou gasoso.
Fonte: MMA, s.d.
Enquadramento
Estabelecimento de objetivos de qualidade a serem alcançados ou mantidos através de metas progressivas, intermediárias e final de qualidade de água, de acordo com os usos preponderantes a que forem destinados.
Fonte: CNRH, 2012.
Erosão
Desgaste, dissolução ou remoção do solo ou rochas, principalmente por ação de agentes intempéries (chuvas, ventos, degelo etc.). O processo natural de erosão pode se acelerar, direta ou indiretamente, pela ação humana. A remoção da cobertura vegetal, por exemplo, provoca erosão ou acelera o processo erosivo natural.
Fonte: MMA, s.d.
Escoamento
Parte da precipitação que escoa pela superfície ou pelo interior do solo.
Fonte: ANA, 2015.
Esgoto doméstico
Efluente líquido referente ao uso doméstico da água. Pode ser resultante das águas cloacais ou dos vasos sanitários e das águas resultantes de outros usos, tais como banho, preparo de alimentos e lavagens.
Fonte: PCJ, 2005.
Esgoto sanitário
Denominação genérica para despejos líquidos residenciais, comerciais, águas de infiltração na rede coletora, os quais podem conter parcela de efluentes industriais e efluentes não domésticos.
Fonte: CONAMA, 2011.
Estação de Tratamento de Água – ETA
Local onde se trata a água bruta, retirada da natureza, para torná-la potável através de processo físico-químico e biológico, antes de seu consumo.
Fonte: ANA, 2015.
Estação de Tratamento de Esgoto – ETE
Local onde se trata o efluente doméstico ou industrial, através de processo físico-químico e biológico, antes de ser lançado nos corpos d’água.
Fonte: ANA, 2015.
Estação pluviométrica
Estação onde se realizam apenas medições da precipitação observada.
Fonte: UNESCO, 1983.
Estações de bombeamento
Conjunto de obras e equipamentos destinados a retirar água de um canal de drenagem, quando não mais houver condição de escoamento por gravidade, para um outro canal em nível mais elevado ou receptor final da drenagem em estudo.
Estiagem
Fenômeno que ocorre quando há um período de tempo sem a ocorrência de chuvas.
Fonte: PCJ, 2005.
Eutrofização
Crescimento exagerado de algas e bactérias, ocasionado pelo aumento excessivo de nutrientes na água, especialmente fósforo e nitrogênio. Consequentemente, há uma forte redução do nível de oxigênio da água, que pode levar à morte de outros seres aquáticos.
Evapotranspiração potencial
Perda d’água por evapotranspiração observada em uma cultura ou superfície vegetada em fase de crescimento ativo e que não esteja sofrendo nenhum tipo de estresse hídrico, sanitário ou nutricional.
Fonte: ANA, 2015.
Evapotranspiração real
Perda d’água por evapotranspiração observada em uma cultura ou superfície vegetada sob as condições ambientais normais.
Fonte: ANA, 2015.
Exutório
Local de mais baixa altitude de uma bacia hidrográfica para onde convergem todos os escoamentos superficiais de seu interior.
Fonte: ANA, 2015.
First flush
A primeira porção do escoamento pluvial que traz consigo a maior porção de poluentes.
Fontes poluidoras
Fontes difusas e pontuais. As fontes difusas geralmente são de origem urbana (escoamento pluvial), agrícola (escoamento pluvial que transporta matéria orgânica, sedimentos, pesticidas, entre outros), produção agropecuária difusa (granjas com aves e suínos), mineração dispersa (uso de mercúrio, mineração de carvão que deixa a água ácida, etc); efluentes de esgoto em fossas. As fontes pontuais tradicionais são os efluentes domésticos urbanos e rurais e efluentes industriais.
Galeria
Canalizações públicas usadas para conduzir as águas pluviais provenientes das bocas-de-lobo e das ligações privadas.
Geoprocessamento
Conjunto de técnicas computacionais aplicadas ao tratamento de dados espaciais e geográficos, amplamente utilizado em estudos hídricos.
Gerenciamento Integrado dos Recursos Hídricos
É o processo que promove o desenvolvimento coordenado e o gerenciamento da água, terra e recursos relacionados para maximizar o resultado econômico e social de forma eqüitativa sem comprometer a sustentabilidade vital do ecossistema.
Grau de saturação
Relação entre o volume de água e o volume de vazios de um solo, expressa em percentagem. Varia de 0% para um solo seco a 100% para um solo saturado.
Fonte: ANA, 2015.
Hidrograma
Representação gráfica da vazão em uma seção do curso d’água ao longo do tempo.
Hidrogeologia
Ciência que estuda a ocorrência, movimentação e qualidade da água subterrânea.
Hidrologia estatísticaÁrea da hidrologia dedicada à aplicação de métodos estatísticos para análise de extremos, frequências e séries temporais.
Hidrologia estocástica
Fenômenos e processos hidrológicos descritos e analisados pelos métodos da teoria das probabilidades.
Fonte: DNAEE, 1976.
Hidrometria
Ciência da medida e da análise das características físicas e químicas da água, inclusive dos métodos, técnicas e instrumentação utilizados em hidrologia.
Incerteza
Diferença entre as estatísticas da amostra e da população de um conjunto de dados. As incertezas estão presentes nos erros de coleta de dados, na definição de parâmetros, na caracterização de um sistema, nas simplificações dos modelos e no processamento destas informações para definição do projeto de drenagem.
Índice de qualidade da água (IQA)
Indicador composto que sintetiza parâmetros físicos, químicos e biológicos para avaliar a qualidade da água.
Infiltração
Passagem da água da superfície do solo para o meio poroso.
Fonte: ANA, 2015.
Intensidade da chuva
Quantidade de chuva, expressa em unidade de altura por unidade de tempo.
Inundação
Ocorre quando o rio sai do seu leito menor, atingindo a várzea.
Irrigação
Operação agrícola que tem como objetivo suprir artificialmente a necessidade de água da planta, envolvendo a implantação de equipamentos e/ou estruturas e/ou execução de obras, dependendo do método de irrigação.
Fonte: IGAM, 2008.
Isoieta
Isolinha de precipitação acumulada em determinado período projetada em plano horizontal.
Jusante
Refere-se a uma localização rio abaixo com relação a uma seção de referência.
Lençol freático
Superfície na zona saturada de um aquífero livre.
Fonte: ANA, 2015.
Licença ambiental
Ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental.
Fonte: CNRH, 2006.
Mata Ciliar
Vegetação que margeia os cursos d’água, ou que contorna os lagos, nascentes e açudes, situando-se em solos úmidos ou até mesmo encharcados e sujeitos às inundações periódicas.
Fonte: ANA, 2015.
Meandro
Sinuosidade do curso de um rio, constituída por duas curvaturas consecutivas, onde o escoamento se dá no sentido horário em uma e em sentido contrário na outra.
Fonte: ANA, 2015.
Medidas de controle de inundações
Podem ser estruturais e não-estruturais.
Estruturais: quando o homem altera o sistema natural para controle de inundação como por exemplo, com a implementação de um dique, barragem, reflorestamento, etc.
Não-estruturais: quando o homem convive com a inundação através de, por exemplo, seguro contra inundação, previsão e alerta da inundação, zoneamento das áreas de inundação, proteção local e medidas legais associadas.
Modelo Hidrológico
Representação matemática simplificada de alguns ou de todos os processos do ciclo hidrológico por um conjunto de conceitos hidrológicos expressos em linguagem matemática e interligados em sequências temporais e espaciais correspondentes às observadas na natureza.
Fonte: ANA, 2015.
Montante
Refere-se a uma localização rio acima com relação a uma seção de referência.
Mudança climática
Uma mudança no estado do clima que pode ser identificada (por exemplo, por meio de testes estatísticos) por alterações na média e/ou na variabilidade de suas propriedades e que persiste por um período prolongado, tipicamente décadas ou mais. A mudança climática pode ser decorrente de processos internos naturais ou de forçantes externas, como modulações dos ciclos solares, erupções vulcânicas e alterações antrópicas persistentes na composição da atmosfera ou no uso da terra.
Fonte: IPCC, 2022.
Nascente
Local onde a água subterrânea aflora naturalmente à superfície, dando origem a um curso d’água.
Nível d’água
Altura da superfície livre da água em relação a uma referência (DATUM).
Nível de referência
Superfície horizontal usada como referência para as determinações de cotas.
Fonte: DNAEE, 1976.
Ocupação do solo
Ação ou efeito de ocupar o solo, tomando posse física do mesmo, para desenvolver uma determinada atividade produtiva ou de qualquer índole, relacionada com a existência concreta de um grupo social, no tempo e no espaço geográfico.
Fonte: ANA, 2015.
Padrão de qualidade da água
Conjunto de parâmetros e respectivos limites, em relação aos quais os resultados dos exames de uma amostra de água são comparados para se aquilatar sua qualidade para determinado fim, tais como o consumo humano, a dessedentação de animais, contato em esportes náuticos e outros usos, como navegação e geração de energia elétrica.
Fonte: PCJ, 2005.
Pegada Hídrica
Volume de água total usado durante a produção e o consumo de bens e serviços, bem como o consumo direto e indireto no processo de produção, permitindo tornar possível a quantificação do consumo de água total ao longo de sua cadeia produtiva.
Fonte: ANA, 2015.
Perigo
Ação possível de um evento com potencial para causar consequências indesejáveis a um indivíduo/sistema em cada época e área. Se é de origem natural, é necessário conhecer sua fonte, magnitude, intensidade, frequência, duração, tempo de ascensão, área afetada e dispersão espacial.
Fonte: MONTE, 2022.
Planície de Inundação
Conjunto de terras planas próximas ao fundo do vale de um curso d’água, inundadas quando o escoamento desse curso exceda a capacidade normal do canal.
Fonte: ANA, 2015.
Pluviógrafo
Instrumento que registra continuamente a altura da precipitação.
Fonte: ANA, 2015.
Pluviômetro
Recipiente que coleta diretamente a água precipitada e impede a evaporação dessa água acumulada, fornecendo a altura da precipitação num determinado ponto em intervalos.
Fonte: ANA, 2015.
Precipitação
Toda água proveniente da atmosfera que atinge a superfície terrestre. Neblina, chuva, granizo, saraiva, orvalho, geada e neve são diferentes tipos de precipitações cuja diferença está no estado em que a água se encontra.
Fonte: TUCCI, 2009.
Probabilidade de enchente
Geralmente a probabilidade de uma enchente se refere a ao risco que a mesma seja atingida ou superada num ano qualquer. Quando a definição se refere a outros condicionantes geralmente o mesmo é expresso. Por exemplo a probabilidade que um evento seja superado nos próximos 5 anos.
Q7,10 (vazão de referência)
Vazão de referência que é a menor vazão média de sete dias consecutivos, com um período de retorno (recorrência) de dez anos. A Q7,10 tem 10% de chance de ocorrer em qualquer ano. É o critério baseado na vazão mínima utilizado por alguns estados para concessão de outorga de uso da água.
Fonte: ANA, 2015.
Q90
vazão determinada estatisticamente, para um certo período de observação num posto fluviométrico, correspondente a uma probabilidade de que naquela seção do curso d'água as vazões serão 90% do tempo maiores do que ela.
Fonte: ANA, 2015.
Q95
vazão determinada estatisticamente, para um certo período de observação num posto fluviométrico, correspondente a uma probabilidade de que naquela seção do curso d'água as vazões serão 95% do tempo maiores do que ela.
Fonte: ANA, 2015.
Regionalização de vazões
Técnica estatística para estimar vazões características em locais sem dados, a partir dos dados existentes em bacias hidrologicamente semelhantes.
Fonte: ANA, 2015.
Regularização de vazão
A disponibilidade hídrica pode ser natural, sem efeito de regularização e com regularização a partir de um reservatório. A regularização pode ser medida com base numa parcela da vazão média, na medida em que a maior vazão que pode ser regularizada é a vazão média, representando a máxima vazão disponível. Dependendo do clima e das condições topográficas a vazão regularizada pode variar de 0,25 a 0,8 da vazão média. Para climas úmidos no Brasil tem sido utilizado valor de 0,6 – 0,7 da vazão média e para clima semi-árido de 0,20 – 0,40.
Reservatório de detenção
Estrutura para o armazenamento temporário do escoamento pluvial utilizada para controlar os valores de vazões máximas e promover a deposição de sedimentos por gravidade, mantido seco, na maior parte do tempo.
Reservatório de retenção
Estrutura para o armazenamento temporário do escoamento pluvial utilizada para controlar os valores de vazões máximas e melhoria da qualidade da água. Mantém uma lâmina de água permanente em seu interior.
Resiliência
Capacidade da comunidade em ter, desenvolver e envolver-se na preparação, enfrentamento, quando e enquanto absorve e se recupera de distúrbios, superando-os sem ajuda externa para atingir o nível de bem-estar e funcionalidade social.
Fonte: MONTE, 2022.
Rio intermitente
Trecho de drenagem cuja disponibilidade hídrica durante parte do ano é igual a zero.
Fonte: ANA, 2015.
Rio perene
Trecho de drenagem cuja disponibilidade hídrica durante todo o ano é positiva.
Fonte: ANA, 2015.
Saneamento básico
Conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais com vistas ao abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos e drenagem e manejo das águas pluviais urbanas.
Fonte: LEI Nº 11.445, 2007.
Sarjeta
Faixas de via pública, paralelas e vizinhas ao meio-fio. A calha formada é a receptora das águas pluviais que incidem sobre as vias públicas e que para elas escoam.
Segurança hídrica
A capacidade de uma população de garantir o acesso sustentável a quantidades adequadas de água, com qualidade aceitável, para sustentar os meios de subsistência, o bem-estar humano e o desenvolvimento socioeconômico; para assegurar a proteção contra a poluição transmitida pela água e contra desastres relacionados à água; e para preservar os ecossistemas em um clima de paz e estabilidade política.
Fonte: UN-Water, 2013).
Sistema natural
Sistema natural é formado pelo conjunto de elementos físicos, químicos e biológicos que caracterizam o sistema natural da bacia hidrográfica e os recursos hídricos formado pelos rios, lagos e oceanos.
Tempo de retorno
É o tempo, em média, que um evento se repetirá. Usualmente definido em anos.
Trecho de vazão reduzida (VTR)
Trecho de drenagem situado entre a barragem e a casa de força de empreendimentos hidroelétricos, nos quais a vazão é desviada para melhor aproveitamento da queda. No TVR a vazão do rio é diminuída, só sendo reestabelecida a jusante da casa de força.
Fonte: ANA, 2015.
Uso não consuntivo da água
Uso da água que se considera não haver impacto significativo sobre a disponibilidade quantitativa da água.
Fonte ANA, 2015.
Usos consuntivos da água
São usos que reduzem o volume entre a retirada do sistema hídrico e seu retorno. Geralmente são considerados como usos conjuntivos: abastecimento humano, animal e industrial e irrigação.
Variabilidade climática
Desvios das variáveis climáticas em relação a um determinado estado médio (incluindo a ocorrência de extremos, etc.) em todas as escalas espaciais e temporais além dos eventos meteorológicos individuais. A variabilidade pode ser intrínseca, devido a flutuações de processos internos ao sistema climático (variabilidade interna), ou extrínseca, devido a variações em forçantes externas naturais ou antrópicas (variabilidade forçada).
Fonte: IPCC, 2025.
Vazão de pico
Valor máximo instantâneo de vazão durante um evento.
Volume morto
A porção de um reservatório ou estrutura de infiltração que está abaixo da altura de posicionamento da estrutura de saída inferior.
Vulnerabilidade
Estado de fragilidade a um processo perigoso da comunidade e o sistema em que vive, com base em seus aspectos físicos, sociais, culturais, econômicos, tecnológicos e políticos, diminuindo todas as capacidades.
Zona de mistura
Região do corpo receptor, estimada com base em modelos teóricos aceitos pelo órgão ambiental competente, que se estende do ponto de lançamento do efluente, e delimitada pela superfície em que é atingido o equilíbrio de mistura entre os parâmetros físicos e químicos, bem como o equilíbrio biológico do efluente e os do corpo receptor, sendo específica para cada parâmetro.
Fonte: CONAMA, 2011; adaptações ANA, 2015.