Mudanças climáticas: Copenhague, 2009
- Rhama Analysis

- 12 de dez. de 2009
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Esta semana em Copenhague iniciou a conferência do clima para discutir ações para redução de emissões que produzem as mudanças climáticas. Na primeira semana os profissionais (15 mil) tentam encontrar uma saída para o acordo dos países, no final semana chegam os Ministros e na semana seguinte os presidentes que buscarão assinar um acordo para o futuro.
Os cientistas nas últimas duas décadas identificaram que o aumento de CO2 e outros gases na atmosfera está aumentando o efeito estufa. O efeito estufa é o aquecimento do globo terrestre pela retenção das ondas de calor (comprimento longo) emitida pela absorção de radiação solar na superfície. Este aumento se dá pelo acréscimo destes gases na atmosfera. Na era pré industrial a concentração era de 280 ppm de CO2 na atmosfera e atualmente está em 430 ppm, mostrando um aumento significativo. Os dados mostram que a temperatura aumenta junto com o aumento de CO2.
Vários indicadores de aumento de temperatura e de seu efeito têm sido descrito com freqüência no noticiário e em publicações. Estes são indícios de que este processo está ocorrendo. Para estudar os cenários futuros foram desenvolvidos modelos (Existem diferentes formulações de modelos) que representam o globo terrestre. Estes modelos apresentam grande variação entre si e estimam variação de temperatura de 1 a 6º C, com diferentes conseqüências e também de diferentes cenários previstos para futuro considerando as emissões de CO2 pelo desenvolvimento econômico na Terra.
Os questionamentos sobre esta teoria são de que a Terra na realidade está passando por um período mais quente, como já passou no passado, quando também o CO2 aumentou com a temperatura e nada tem a haver com a emissão antrópica existente no Planeta. Nos Estados Unidos somente 30% da população acredita que esteja ocorrendo este efeito.
Os Estados Unidos não assinou o tratado de Kyoto e continua relutante em se comprometer em reduzir as emissões devido ao custo econômico que a mesma terá. A Europa se mostra mais sensível a este processo com um compromisso maior. A China e a Índia não querem se comprometer.
A emissão atual tenderá a aumentar em 20% em 2020. O acordo que se busca procura buscar reduzir em 10%. A redução de emissão de CO2 envolve vários aspectos do desenvolvimento econômico, como a energia, onde grande parte dela emite CO2 como a gasolina e o diesel, a produção de energia elétrica de carvão, a produção pecuária, pois o desmatamento com queima e o próprio gado emite CO2. Portanto não é uma tarefa simples e contraria muitos interesses.
Como tomar decisão sobre um conhecimento incompleto? A ciência mostra ainda incertezas importantes, portanto é razoável desprezar o risco? Parece que não, até porque os riscos são importantes e desnecessários. As ações de mitigação podem gerar aprimoramentos e conhecimento técnico científico nos seus desafios e melhoria ambiental.
A notícia que chega da Conferência, até este momento é de criação de um fundo de investimento para mitigar as emissões, mas também existe muita relutância dos países em se comprometerem com as metas de redução. Provavelmente Copenhague é uma primeira etapa de muitas na busca de uma convergência que provavelmente ocorrerá, sou otimista!!


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