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Pesquisa e recursos hídricos I

  • Foto do escritor: Rhama Analysis
    Rhama Analysis
  • 4 de jul. de 2010
  • 3 min de leitura

O desenvolvimento de pesquisa pelo aluno de pós-graduação é uma experiência que molda o seu conhecimento e depende muito do orientador, pois este pode dar ao iniciante na pesquisa um caminho construtivo, de dependência ou nenhum dos anteriores. O caminho construtivo é onde o aluno caminha com suas próprias pernas sem a dependência do professor no final do programa.

Como mencionei nas semanas passadas o que diferencia um pesquisador de um técnico é a capacidade deste último em escolher e definir o que pesquisar, enquanto que para o técnico é proposto o problema. A escolha da pesquisa é um livro aberto, principalmente no início do programa, quando o curso solicita um projeto para entrar no programa de pós-graduação. Isto nem sempre é a melhor fora de avaliar, já que uma das tarefas do programa é ensinar ao aluno a ser pesquisador. O que normalmente ocorre é que o programa avalia a capacidade do aluno de propor dúvidas para serem desenvolvidas.

Nesta semana iniciamos alguns textos sobre potenciais aspectos de pesquisas em Recursos Hídricos, não tenho a pretensão de ser extensivo numa área interdisciplinar, mas apontar algumas linhs gerais e algumas perguntas que necessitam ser respondidas pela pesquisa nas áreas que de alguma forma conheço.

O que justifica uma pesquisa? Esta é uma pergunta que deixa o pretende a pesquisador fragilizado e coloca várias dúvidas no seu caminho. É importante ter claro que uma pesquisa se justifica, de forma geral por um dos aspectos genéricos seguintes:

1. Contribuição de conhecimento em processos, métodos ou fundamentos. Por exemplo, um método para estimar evapotranspiração que considere determinadas variáveis adicionais, importantes para diferentes situações; um método que represente o escoamento em grandes áreas de inundações que utilizem dados de satélites; um modelo de otimização de funcionamento c0njunto de barragens e uso de previsão de vazão; etc. No caso dos fundamentos geralmente o seu desenvolvimento esta dentro do âmbito da pesquisa básica;

2. Contribuição a medida de variáveis e processos: geralmente relacionada a experimentação de campo ou laboratório onde pode-se desenvolver meios para estimar determinadas variáveis ou parâmetros de determinados fenômenos. Por exemplo, a chuva da Amazônia pode estar sendo subestimada porque os postos pluviométricos se encontram ao longo do rio, onde tende a chover menos pelo efeito climático da superfície livre de água; novas formas de medidas de turbulência; etc

3. Contribuição ao conhecimento específico de funcionamento dos recursos hídricos e ambiental de determinadas áreas ou problemas específicos relacionados com determinadas áreas. Por exemplo, como lidar com o mexilião dourado que veio do Sul da Ásia no casco dos navios e não encontrou predador na América do Sul, se alastrando-se pelos rios, gerando problemas nas turbinas, condutos e etc. O mexilião é um molusco bivalve, aquático que gruda nos equipamentos sendo necessária sua limpeza. O custo de parar uma turbina de 700 MW para limpeza é alto.

Uma pesquisa pode englobar um ou mais das justificativas acima. A pesquisa que você está pensando ou que está se desenvolvendo se encaixa num dos perfis acima? O que você acha? Outra questão importante esta relacionada com o nível da pesquisa: conclusão de curso, mestrado, doutorado ou mesmo pós-doutorado. As mesmas não se diferenciam pela quantidade de trabalho, mas pelo nível de contribuição. Os programas de pós-graduação que não possuem mestrado tendem a ser mais rigorosos e exigirem mais no mestrado, pois não possuem o nível seguinte. No entanto, o mestrado deve ser dimensionado para um máximo de 1 ano e deve ter objetivo muito mais tecnológicos e associados ao terceiro item acima, enquanto que o doutorado por dispor de mais de tempo > 2 anos se encaixa mais no perfil combinado dos dois primeiros.

Na próxima semana vamos continuar discutindo o assunto com alguns históricos, como a preparaçãon do coumento de diretrizes estratégicas do Fundo de Recursos do CTHIDRO em 2001.

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