
Estudos de PMP e EMP para usinas hidrelétricas (UHEs)
A segurança de grandes barragens exige parâmetros de projeto continuamente atualizados. Análises da Precipitação Máxima Provável (PMP) e da Enchente Máxima Provável (EMP) estabelecem fundamentos técnicos e conceituais para a estimativa de valores extremos de chuva e vazão em bacias hidrográficas de diferentes características fisiográficas e climáticas, seguindo as diretrizes da Organização Meteorológica Mundial (WMO, Manual Nº 1.045/2009). O manual recomenda abordagens meteorológicas e estatísticas, além de ajustes de maximização e transposição de tempestades críticas, que são integradas à modelagem hidrológica.
Estudos de PMP e EMP podem avaliar diversos cenários sob diferentes combinações de chuvas, condições hidrológicas e hidrodinâmicas, uso e cobertura do solo e operacionais. Dentre os principais entregáveis:
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Séries temporais de PMP atualizadas e espacializadas;
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Simulações da EMP em múltiplos cenários hidrológicos;
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Avaliação do efeito de mudanças climáticas sobre parâmetros de projeto;
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Avaliação e comparação com estudos anteriores de vazões decamilenares;
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Recomendações operacionais para reforçar a segurança das barragens das hidroelétricas como manter volume de espera e ter sistema de previsão e alerta adequado.

A transformação de PMP para EMP pode ser realizada por meio do modelo hidrológico ajustado para o tamanho da bacia hidrográfica. E os pontos principais do modelo são:
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Representação detalhada de planícies de inundação;
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Efeitos de remanso e operação de reservatórios a montante;
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Condições de propagação realistas para grandes cheias.
A atualização da PMP segue os seguintes princípios:
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Cenários hidrometeorológicos extremos: com análise de sazonalidade (verão e inverno), conforme diretriz da WMO para áreas com forte variação climática intra-anual;
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Análise de eventos extremos: identificação dos maiores eventos de precipitação que ocorreram na região;
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Maximização das chuvas observadas: técnica reconhecida para refletir o potencial de precipitação máxima física da atmosfera, considerando água precipitável e perfis verticais de saturação;
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Transposição espacial de tempestades históricas: utilização de tempestades que ocorreram em regiões meteorologicamente similares, com correções topográficas e climáticas, conforme método recomendado pela WMO (storm transposition);
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Incorporação de fatores de mudança climática: avaliando o impacto das mudanças climáticas sobre os limites superiores de precipitação. Essa técnica não era utilizada nos cálculos de PMP e EMP no passado, mas recentemente vem ganhando destaque nos estudos atuais. Tendências climáticas devem ser incorporadas quando há evidências robustas da alteração na severidade de eventos extremos.
Esse tipo de estudo pode ser realizado pela Rhama Analysis com base em diretrizes internacionais e metodologias especializadas, e fornecem subsídios técnicos essenciais para a gestão dos perigos hídricos nas UHEs do Brasil.
A abordagem integrada entre meteorologia, hidrologia e segurança de barragens reafirma o compromisso com a mitigação de riscos e com o uso dos recursos hídricos frente às variações climáticas.